A noção de demência refere-se a uma síndrome que se
manifesta por um declínio adquirido das competências cognitivas. Em geral, encontra-se
relacionada com mudanças de personalidade ou da conduta, com capacidade
suficiente para prejudicar os indivíduos na execução das suas atividades
quotidianas e na sua qualidade de vida.
Esta patologia expressa-se pela aquisição de inúmeros défices,
sentidos pelo idoso, que levam a diminuição da sua memoria e das suas competências
para a aprendizagem e afetam pelo menos uma das funções cognitivas do cérebro,
como a afasia (deterioração da linguagem), apraxia (diminuição da competência
para desenvolver movimentos ordenados e realizar ações voluntarias), agnosia (competência
para o conhecimento através dos órgãos sensoriais) ou perturbações nas competências
executivas da pessoa (planeamento, organização, sequenciação e abstração).
A degeneração cognitiva deve ser suficientemente
prejudicial para modificar as relações sociais dos indivíduos e o seu
comportamento. De acordo com estimativas da World Health Organization (2012), entre 2% e 10% de todos os casos de demência começam antes dos 65 anos de idade. A prevalência dobra a cada
aumento de cinco anos na idade apos os 65. O
numero de pessoas no mundo
que viviam com demência em 2011 e
estimado em 35,6 milhões e
estudos epidemiológicos indicam que
este numero devera crescer
a uma taxa alarmante. Estima-se que
o numero irá quase duplicar a cada vinte anos, subindo para 65,7 milhões em 2030 e
115,4 milhões em 2050.
As demências mais frequentes e também
as mais conhecidas são a doença de Alzheimer e a de Parkinson, como vamos falar
mais em pormenor a seguir.