domingo, 14 de setembro de 2014

A demência

A noção de demência refere-se a uma síndrome que se manifesta por um declínio adquirido das competências cognitivas. Em geral, encontra-se relacionada com mudanças de personalidade ou da conduta, com capacidade suficiente para prejudicar os indivíduos na execução das suas atividades quotidianas e na sua qualidade de vida.
Esta patologia expressa-se pela aquisição de inúmeros défices, sentidos pelo idoso, que levam a diminuição da sua memoria e das suas competências para a aprendizagem e afetam pelo menos uma das funções cognitivas do cérebro, como a afasia (deterioração da linguagem), apraxia (diminuição da competência para desenvolver movimentos ordenados e realizar ações voluntarias), agnosia (competência para o conhecimento através dos órgãos sensoriais) ou perturbações nas competências executivas da pessoa (planeamento, organização, sequenciação e abstração).
A degeneração cognitiva deve ser suficientemente prejudicial para modificar as relações sociais dos indivíduos e o seu comportamento. De acordo com estimativas da World Health Organization (2012), entre 2% e 10% de todos os casos de demência começam antes dos 65 anos de idade. A prevalência dobra a cada aumento de cinco anos na idade apos os 65. O numero de pessoas no mundo que viviam com demência em 2011 e estimado em 35,6 milhões e estudos epidemiológicos indicam que este numero devera crescer a uma taxa alarmante. Estima-se que o numero irá quase duplicar a cada vinte anos, subindo para 65,7 milhões em 2030 e 115,4 milhões em 2050.
As demências mais frequentes e também as mais conhecidas são a doença de Alzheimer e a de Parkinson, como vamos falar mais em pormenor a seguir.

sábado, 13 de setembro de 2014

O défice cognitivo ligeiro

As transformações ao nível cognitivo, que acontecem em resultado do envelhecimento das células do cérebro, atingem geralmente diversas funções básicas para a realização das atividades diárias, entre elas, a linguagem, a atenção, a orientação (espácio-temporal), a memoria e a aprendizagem.
No entanto, geralmente as transformações que ocorrem estão relacionadas com a redução da velocidade de processamento da informação e afetam principalmente a memoria de trabalho ou de curto prazo, a qual podemos definir como uma área cognitiva que possibilita a manutenção e elaboração da informação temporária sobre o meio ambiente que a rodeia e as memorias do passado distante. As alterações ocorridas a nível psíquico encontram-se
associadas a diminuição do funcionamento dos órgãos sensoriais, visão, olfato, audição, tato e paladar, que irão provocar uma degradação no modo como o idoso perceciona a realidade, o meio físico e o seu próprio organismo.
As mudanças que acontecem com a idade vão provocar no idoso uma redução da visão e da audição, provocando a uma maior dificuldade em estabelecer a chamada comunicação visual, a qual lhes permite conhecer os objetos, as noções e as conceções sobre o mundo a sua volta. As insuficiências auditivas quando acentuadas podem provocar problemas psicológicos e nas relações interpessoais, por causarem deficiências na comunicação e interação social com o outro, e diminuição na autoestima, podendo mesmo levar a pessoa ao isolamento e a auto exclusão de qualquer atividade societária.
O declínio da velocidade de propagação da informação entre as células do sistema nervoso central, da memoria de curto prazo e as modificações orgânicas ocorridas, vão restringir as competências que os indivíduos poderão empregar em diversas situações, constituindo uma deficiência intelectual associada à degeneração das células nervosas e ao processo de senescência provocado pela passagem dos anos.
O défice cognitivo ligeiro e um estado de transição entre o envelhecimento entendido como normal e o patológico. Nessa logica, as variáveis demográficas, como (idade, género educação), a historia familiar de demência e genética, a suscetibilidade a doenças que afetam o estado mental, como a depressão, e as características morfológicas ou funcionais, poderão ser uteis para a determinação da existência ou não de um declínio (Petersen, et. al., 2001).
Os idosos com esta alteração nas funções cognitivas não estão na totalidade das suas faculdades mentais, no entanto, ainda não existem critérios suficientes para ser diagnosticada uma demência, pois as pessoas com esta perturbação conseguem realizar com sucesso as suas atividades de vida ou ficam pouco afetadas, apenas com uma deterioração ligeira em uma ou diversas áreas do conhecimento.
No entanto, a prevalência desta perturbação cognitiva pode estar
na origem de demência, pelo que um diagnostico precoce poderá contribuir para uma intervenção ajustada, de forma a impedir o seu agravamento ou mesmo melhora-la, e um planeamento atempado das ações a serem desenvolvidas.

O tratamento desta deficiência intelectual deve ter como finalidade a manutenção da autonomia e independência do doente e suas das capacidades funcionais. Vai permitir que o idoso continue participativo e ativo na sua comunidade de origem, prevenir a sua evolução para a demência, melhorar a saúde mental do idoso e as condições de vida dos seus familiares, pela diminuição dos encargos que poderão vir a ter com o tratamento de uma doença cronica.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A doença mental cronica

A doença mental cronica pode ser entendida como uma patologia persistente por um espaço de tempo geralmente superior a seis meses, que não melhora num reduzido período de tempo. Estas enfermidades, apesar de não colocarem em perigo a
vida do doente num curto espaço de tempo e de não constituírem uma situação de emergência medica, por serem geralmente de evolução lenta e progressiva, vão prevalecer ao longo da existência da pessoa e contribuir para a formação de incapacidades diversas e para a perda de competências a nível psíquico, anatómico e bioquímico, sendo estas alterações consideradas irreversíveis e exequível apenas o seu tratamento e prevenção.
Face ao exposto, múltiplos determinantes ambientais poderão estar na sua origem, sendo a melhor forma de prevenir a existência destas doenças o seu diagnostico precoce, através do incremento de programas de educação e de politicas que tenham como finalidade o apoio ao idoso, no sentido destes aprenderem a fazer o seu próprio tratamento e prevenção (por exemplo, ações de formação sobre doenças cronicas, entrega de folhetos informativos sobre os tratamentos e os cuidados a serem realizados e as ajudas técnicas existentes). A pratica de atividades físicas regulares, adequadas ao seu estado físico, também poderão contribuir para a melhoria do bem-estar da pessoa na sua totalidade.
A existência destas enfermidades encontra-se geralmente associada a fatores psicossociais e biológicos, a fracas condições materiais (problemas financeiros), a más condições habitacionais e a desigualdades sociais. Todos estes fatores podem ter efeitos adversos sobre o prestigio subjetivo, orgulho e status social, afetando sentimentos de controlo, autoestima e qualidade dos contactos sociais, o que pode comprometer a sua saúde física e mental (Groffen, et. al., 2011).

Neste contexto, uma autoestima elevada e um maior apoio a população idosa poderão contribuir para uma diminuição da incidência destas patologias e para um envelhecimento mais autónomo e feliz, constituindo um estimulo a manutenção de hábitos saudáveis, da capacidade funcional e do seu próprio autocuidado. Através de um maior controle do stress e da ansiedade, existira a possibilidade de continuar a exercer a sua cidadania ativa na sociedade onde esta inserido, tendo uma melhor qualidade de vida.

domingo, 7 de setembro de 2014

O voluntariado senior


O voluntario e o jovem, adulto ou idoso que desenvolve diferentes atividades não remuneradas no contexto de uma instituição promotora, movido pelo seu impulso solidário e sentido de cidadania, de maneira consciente e humanitária, em prol da comunidade.
A atividade voluntaria contribui para a melhoria do funcionamento da sociedade e da saúde do idoso em geral (física e psíquica) ao contribuir para a melhoria da sua autoestima e das relações interpessoais. A possibilidade de alargar a sua rede de contactos sociais vai permitir‑lhe voltar a ter um papel ativo na vida em comunidade, sentir‑se útil e não uma pessoa marginalizada em função da sua condição de idosa. Sentir‑se‑a alguém que esta inserido num grupo que tem como objetivo o bem comum.
Estudos desenvolvidos pela United Nations Organization (2011) defendem que as relações reciprocas, através de ajuda mutua, levam a níveis mais elevados de saúde, em particular através do aumento da autoconfiança, que pode resultar da ajuda mutua e pode ser relacionada com uma melhor saúde mental e bem‑estar geral. As taxas de mortalidade eram também inferiores em comparação com os não voluntários da mesma idade, independentemente do estado civil, escolaridade ou género.
Os idosos podem realizar as mais diversas atividades voluntarias, consoante as suas competências, disponibilidade e estado de saúde.
Os voluntários seniores executam geralmente voluntariado nas áreas da ação social (apoiam jovens e adolescentes em dificuldades, idosos ou visitam pessoas doentes), educação (desenvolvem programas de alfabetização para idosos, realizam atividades lúdicas, trabalhos manuais, auxiliam na formação profissional e educacional de crianças, jovens e adultos) e saúde (programas de promoção da saúde e prevenção da doença, desenvolvendo atividades que promovam a satisfação das necessidades das pessoas hospitalizadas e evitando situações que conduzam a degradação da saúde do doente), entre outras.
O voluntariado sénior permite ainda o convívio intergeracional e a transmissão de valores éticos, morais e de cidadania as gerações mais jovens, que e uma condição essencial para o desenvolvimento sustentável de toda uma sociedade. A condição de melhoria do bem‑estar humano não deve estar só assente em pressupostos económicos, mas em preceitos sociais, ecológicos, de justiça social e politicas sustentáveis, que não ponham em risco o futuro de todos os seres humanos.
Nesse sentido, as instituições de apoio social, creches, lares de idosos e hospitais deveriam estimular o desenvolvimento do voluntariado sénior, devido ao aumento da longevidade das pessoas, com o consequente envelhecimento das populações. A atividade voluntaria pode dar um sentido novo a existência dos idosos, proporcionando momentos de boa disposição, prevenindo a existência de doenças associadas ao envelhecimento e diminuindo os gastos que os estados tem com a saúde, possibilitando uma
melhoria da qualidade de vida das pessoas que o exercem e do ambiente das instituições que incentivam a sua pratica.

A Acão voluntaria constitui a expressão de solidariedade mais relevante que o ser humano pode ter para com o seu semelhante, independentemente da sua raça, cor, credo, religião ou etnia. Nesse âmbito, o voluntario sénior pode contribuir com a experiencia e sabedoria de toda uma vida para a educação e transmissão de princípios considerados intemporais e que são muitas vezes esquecidos pelo consumismo dos nossos dias.

sábado, 6 de setembro de 2014

As atividades de animação sociocultural

A Animação Sociocultural e um programa de atividades sociais executado em lares e centros de apoio ao idoso, com o intuito de favorecer a cooperação e mobilização de pessoas e grupos no seu próprio processo de desenvolvimento e evolução da vida quotidiana, nas suas mais diversas vertentes (ambiental, politico, social, educativo), contribuindo para a sua adaptação e integração na organização a que passaram a pertencer como membros ativos, através da ocupação de algum do seu tempo livre com jogos didáticos, bailes, grupos corais, teatro, trabalhos manuais, jardinagem, poesia, contar historias de outros tempos, jogos de cartas, damas, passeios, xadrez, domino, chinquilho, entre outras.
Estas atividades em grupo dão aos idosos a possibilidade de poderem participar em momentos de convívio, lazer, diversão, distração, criatividade, amizade e solidariedade.
A adaptação e a competência da pessoa para ajustar o seu comportamento as condições externas do ambiente físico e social, tirando o melhor proveito dele, sem nunca perder a sua estabilidade psíquica. Este termo também pode ser utilizado na vida comunitária, para podermos compreender a forma como os idosos procuram ajustar as suas próprias necessidades e a maneira de proceder em relação a complexidade de fenómenos sociais existentes na sociedade em que estão inseridos.
O processo de ajustamento humano inclui a capacidade de incorporação na sua estrutura interna de novas normas, valores e modelos de comportamento, para manter o seu equilíbrio interno e se poder adequar a um ambiente diferente daquele a que esta habituado.
Neste contexto, a institucionalização para os idosos constitui um local diferente, com regras próprias, costumes e preceitos sociais distintos, a que terão de se ajustar, muitas vezes com transtornos adaptativos de alguma gravidade e o desenvolvimento de sinais e sintomas característicos desta dificuldade, como agitação, humor melancólico, angustia, desanimo, baixa autoestima e um sentimento de fraqueza e falta de coragem para enfrentar os problemas do seu dia a dia, com dificuldades em estabelecer relações sociais e em encontrar um sentido para a sua própria existência.
Para Egg (2002) a animação sociocultural deve ser entendida como um estimulo físico e emocional, que em determinado setor motiva as pessoas a participarem num conjunto de experiencias, com a finalidade de lhes permitir expandir‑se e expressar a sua personalidade, desenvolvendo o sentimento de pertença a uma comunidade, sobre a qual pode exercer uma certa influencia.
Nessa linha de ideias, a grande finalidade destas ações é a de inserir e adequar pessoas ou grupos, constituindo estes programas espaços abertos onde todos podem cooperar como participantes, em função de objetivos comuns e para a mudança de comportamentos, preconceitos, maneiras de pensar e viver a vida.
Não serão doentes de uma determinada instituição, mas pessoas ativas e integradas numa organização. As atividades lúdicas de expressão artística e cultural possibilitam também a melhoria total da saúde do idoso, pela redução dos tempos de ociosidade, monotonia, apatia, alienação social, angustia e stress quotidiano, tao comuns nas situações de internamento, levando-o a recuperar a sua sensação de utilidade e de bem-estar subjetivo.


A atividade física


A atividade física pode-se designar como toda e qualquer ação corporal desenvolvida pelo movimento dos músculos esqueléticos, que tenha um dispêndio de energia maior do que quando o corpo se encontra em repouso.
A velhice e caracterizada por alterações progressivas que tem inicio mesmo antes da nascença, que se vão desenvolvendo ao longo da existência e que se acentuam mais na fase final da vida, atingindo a estrutura física, mental e social dos indivíduos. As competências psíquicas das pessoas também vão sofrendo transformações com a passagem dos anos, que se caracterizam, geralmente, por uma maior dificuldade em se adaptar a alterações rápidas, morosidade no desempenho de atividades intelectuais, redução da autoestima, diminuição das funções cognitivas (maior dificuldade na aquisição, organização e aplicação da informação, com diminuição da memoria de trabalho), e uma maior suscetibilidade a doenças, como depressão major, demências, esquizofrenia, ansiedade patológica, hipocondria, entre outras.
Segundo recomendações da World Health Organization (2010) a pratica de atividades físicas ou de lazer a partir dos 65 anos, como caminhar, andar de bicicleta, trabalho (se a pessoa ainda o puder realizar), tarefas de casa, brincadeiras, desporto ou exercícios planeados, no contexto das atividades diárias, da família e da comunidade, pode permitir melhorar a capacidade funcional do idoso, a atividade cardiorrespiratória e muscular, e diminuir o risco da incidência de doenças não transmissíveis, depressão, diabetes, declínio cognitivo, acidente vascular cerebral, cancro do colon e da mama, entre outras.
Nessa perspetiva, a atividade pode ser de extrema importância para o idoso por ter efeitos positivos sobre o bem-estar psicológico, por criar condições propicias a uma maior oxigenação das células nervosas do cérebro (com efeitos positivos sobre a capacidade cognitiva), possibilitar o desenvolvimento de condições propicias ao relaxamento psíquico, ao diminuir o stress, a ansiedade e o desânimo, estimular a sensação de bem-estar, e por melhorar a autonomia e a auto imagem do idoso (possibilitando o aumento ou a manutenção das suas competências físicas, mentais e sociais).

A ocupação dos tempos livres com exercícios facilita também o desenvolvimento das relações interpessoais, permitindo uma melhor integração do idoso na vida em sociedade e constituindo uma alternativa ao isolamento, a exclusão social, a solidão, a inatividade e ao envelhecimento patológico, provocado por doenças e comportamentos de risco para a saúde, como o consumo de álcool e tabaco. Desta forma, previnem-se as doenças cronicas e é possível constituir um projeto de realização pessoal alternativo as múltiplas perdas de natureza psicossocial (do emprego, da saúde, do lar ao ser institucionalizado, do cônjuge, de amigos, da autoestima, entre outras), sendo proporcionada a pessoa a possibilidade de fazer novos amigos e aumentar a sua rede de suporte informal.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A noção de envelhecimento ativo


O conceito de envelhecimento ativo, segundo a World Health Organization (2002), refere-se a um conjunto de politicas desenvolvidas por este organismo, que pretende otimizar as oportunidades de acesso a saúde, a participação na sociedade de acordo com as necessidades, desejos e capacidades individuais, e a segurança e cuidados quando e precisa assistência.
Esta noção tem a finalidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas e aplica-se tanto a indivíduos isolados como a grupos, permitindo as pessoas acreditarem no seu potencial físico, mental e social. A palavra “ativo” refere-se a participação continua na vida comunitária, económica, cultural, espiritual e assuntos cívicos, não apenas com a capacidade de ser fisicamente ativo, mas também de continuar a exercer uma atividade profissional.
 As pessoas mais velhas aposentadas e os que se encontram doentes ou possuem alguma deficiência podem permanecer ativos para as suas famílias, comunidades e colegas, dando o seu contributo a sociedade.
Neste contexto, a manutenção da atividade pode contribuir para aumentar a expectativa de uma vida saudável e com condições para todas as pessoas a medida que envelhecem, incluindo aqueles que se encontram em situação de fragilidade, deficientes ou a necessitar de cuidados, estimulando a solidariedade e a entreajuda entre gerações diferentes.
Para Ballesteros, Robine, Walker e Kalache (2012), os fatores genéticos são responsáveis em cerca de 25% pelo envelhecimento do organismo e os de origem ambiental por 75%, nesse sentido, a ausência de hábitos prejudiciais a saúde, como a falta de exercício físico, o tabagismo ou a obesidade, estaria associada a um atraso da deficiência que excederia significativamente o adiamento da mortalidade de seis a nove anos.
Nessa perspetiva, a melhor forma de se conseguir ter uma velhice saudável e estando ativo. A manutenção de exercícios físicos contribui para a melhoria das articulações, da circulação sanguínea e das vias respiratórias. Devemos também referir a alimentação equilibrada, a prevenção do uso de drogas, o repouso e o acompanhamento medico adequado como fatores determinantes para uma melhor qualidade de vida.
O bem-estar psíquico abrange o funcionamento adequado das competências cognitivas, como a memoria e as capacidades intelectuais, e a prevenção do seu decréscimo leva a uma autoestima positiva.

A atividade pode contribuir para prevenir ou retardar as doenças cronicas da população idosa, permitindo uma diminuição dos encargos das famílias, dos serviços de saúde e da segurança social.